quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Palíndromos

"Ana", "Otto", "ovo", "osso", "ala", "radar". O que todas essas palavras, aparentemente desconexas, teriam em comum? Simples, todas elas são palíndromos. Para quem desconhece o termo, palíndromos são palavras ou frases que lidas normalmente, ou seja, da frente para trás, são exatamente iguais quando lidas de trás para diante.

Nossa língua está recheada de vários exemplos, desde os menores, como os citados no início, aos maiores, do qual um dos mais famosos certamente é "Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos". Existem, contudo, palavras e frases que até possuem algum sentido quando lidas de trás para frente, a exemplo de Roma (amor, ao contrário), mas que não são palíndromos.

Na leitura de um palíndromo, acentos e sinais de pontuação não são levados em consideração, ou seja, o que precisa coincidir em ambas as leituras, tanto de frente pra trás, quanto de trás pra frente, é apenas a sequência de letras. Essa precisa ser rigorosamente a mesma, independente do sentido em que se leia.

A dificuldade dessa brincadeira linguística, entretanto, não está em construir essas sequencias de letras. Não. Está em atribuir a essas sequências algum sentido. Dos palíndromos que criei - em tardes
ociosas, obviamente - considero os dois que seguem abaixo como os mais bem-realizados: possuem um tamanho razoável e até algum sentido.
"Al ama namorada romana mala."

"É, namorar é raro, mané."

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Divisão de renda


Juarez adora Inês
pela renda que balança.
Já Inês, por sua vez,
não resiste a Juarez
pela renda da poupança.

Wedmo Mangueira – 27/09/2009