Hoje, 3 de novembro, é o aniversário de um dos nossos rios mais importantes, tanto que leva o nome do Estado: o Rio Sergipe. A data me vem à cabeça, não porque tenha uma boa memória, muito menos uma agenda, mas porque me sinto envolvido com ela de alguma forma. Refiro-me à música, em homenagem ao Rio Sergipe, que fiz com meu parceiro Heitor Mendonça a pedido de Osmário, jornalista que encampa uma campanha em prol da revitalização desse rio. Paisagem híbrida, a um só tempo bonita e imunda, cenário de alegrias e tristezas, decidimos que a música deveria retratar essa ambigüidade latente do rio, por isso, com ajuda de Heitor, construí a letra em cima de algumas ambigüidades, entre elas, a que se verifica entre uma conjugação do verbo “rir” e o substantivo “rio”. Heitor, para completar a obra, acrescentou à letra uma música serena, que sugere uma sensação de fluxo contínuo, uma idéia de correnteza. Abaixo segue o vídeo da canção, interpretada por Heitor Mendonça e pelo maestro Muskito, que abriam o show de Renato Teixeira.
Rio para não chorar
Rio do menino que brinca, rio da menina que chora, do homem que virou peixe, rio daquela senhora
que passa a vida a esperar a volta de um pescador que se encantou com o mar e nunca mais retornou.
Rio das águas serenas, leva suas penas pra outro lugar.
Rio das águas serenas, leva suas penas pro meio do mar.
Rio da poluição que manchou toda a paisagem. Quem dera a devastação fosse somente miragem.
Rio, tu que foste tão forte, hoje vive a agonizar, rio em seu leito de morte, rio para não chorar.
Nasci em Aracaju-SE, no dia 27 de outubro de 1982. Graduei-me em Letras Português pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) no ano de 2010. Atualmente, curso Arquitetura e Urbanismo nessa mesma universidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário